A partir do papelão corrugado — um material comum, industrializado, feito da celulose da floresta — Jospin inventa selvas. Na exposição “Re-Selvagem — Natureza Inventada”, de Eva Jospin, essa alquimia se intensifica: camadas de papelão são cortadas e sobrepostas, formando troncos, raízes e galhos de uma floresta densa e labiríntica.
Cada escultura é como uma escavação na memória da matéria — o banal se transmuta em sublime, e o que era resíduo cotidiano se transforma em paisagem viva. Como nos contos antigos, as florestas de Jospin são territórios onde nos perdemos para nos reencontrar.

“A floresta é como o subconsciente, as sinapses do cérebro. É rica em mitologia e narrativas de diferentes culturas. É um tema inesgotável”
— Eva Jospin
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